Governo do DF afasta diretores de escola acusados de falsificar assinatura de professores em atas
09/10/2025
(Foto: Reprodução) Secretaria de Educação afasta diretores suspeitos de falsificação de assinaturas
A Secretaria de Educação do Distrito Federal afastou dos cargos, de forma preventiva, dois diretores de uma escola da capital. Eles são acusados de falsificar assinaturas de professores em atas de prestação de contas.
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A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF nesta quarta-feira (8).
O afastamento de Simone Clay Oliveira Marques e Diógenes Henrique Pantaleão de Carvalho é de 60 dias e pode ser prorrogado por mais 60 dias, sem que deixem de receber a remuneração.
Segundo relatos, os diretores teriam forjado a assinatura de professores na ata de reuniões que, na verdade, nem sequer foram realizadas.
Alguns desses professores, inclusive, estavam de férias na data das reuniões falsas.
O objetivo seria dar aparência de legalidade ao processo de prestação de contas.
Além do afastamento, a Secretaria de Educação abriu um processo administrativo disciplinar para investigar as supostas irregularidades no colégio.
Falsificação de assinaturas
Falsificação de assinaturas de professores no DF
TV Globo/reprodução
Segundo uma servidora que fez a denúncia, as assinaturas presentes em atas de reuniões teriam sido forjadas para encobrir irregularidades.
Em uma das supostas atas, constariam as assinaturas da diretora e de outros funcionários para aprovar o uso de R$ 24 mil do Programa Dinheiro Direto na Escola, do Ministério da Educação.
As atas citam que a verba seria usada para a compra de itens como: computadores, data shows, DVDs, impressoras e aparelhos de ar-condicionado.
Além disso, os recursos recebidos pelo colégio, segundo a denunciante, não estariam sendo utilizados para melhorar o bem-estar e a infraestrutura educacional.
Após a descoberta da falsificação, os professores apresentaram denúncia ao Ministério Público do Distrito Federal e à Corregedoria da Secretaria de Educação.
A pasta informou que o afastamento dos servidores é uma medida preventiva para garantir que a investigação sobre possíveis irregularidades seja feita de forma justa e transparente.
O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) informou que acompanha as investigações e disse que as denúncias servem de alerta para outras escolas.
"Quando você recebe um recurso público, seja por meio de emenda parlamentar, seja por meio do PDAF, você tem que chamar todos os segmentos que compõem a comunidade escolar, os estudantes, funcionários, os professores e os pais, mães e responsáveis, estudantes e ouvirem deles quais são as prioridades. Feito isso, depois de executar o serviço, ou a obra, tem que fazer a prestação de contas, tem que ter transparência", explicou Júlio Barros, do Sinpro-DF.
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